sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Sumi.


Porque só faço besteira em sua presença, fico mudo quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência, pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua desajeitada e irrefletida permanência.
Martha Medeiros

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Sou louca.

Estranha, desorientada. Tentava fazer tudo para agradar os outros. Mas acabei me perdendo. Agora, descobri minha verdade, fui atrás de minhas conquistas, fui perdendo a timidez. Reconheci que a vida é o desafio, que nos leva ao fracasso. Mas o sucesso surge aí, quando tentamos desafiar, reagir. Todos temos liberdade de escolher qual risco queremos correr, porque não vale a pena esperar acontecer. Temos que agir! Eu estou agindo. Tentar entender as pessoas normais é o que me faz ser diferente. Tentar ressuscitar o amor que perdi é o que me faz ser normal.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A dor que dói mais


Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas. 
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.
Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.
Martha Medeiros

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Challenge


I do shit
I do
You look at me
I’m a bitch
I do
What you want
I do
What you need
I don’t
Know myself
I don't
Need your help
I stay away
I do shit
In your ways
Don’t say
Make up your mind
Don’t find
It’s lost…

Desire of Angels


I think I’m idiot
No way
I turn around, it’s a riot
He says

Hello, baby
As if he didn’t care
This makes me crazy
He never says what I want to listen
I just listen the silence of your seduction
That makes me sick
I feel the smell of pollution

We don’t believe in love
I don’t have a heart
We divided wings
But he takes my part

The sex pulls out our skin
Your eyes bewitch my hands
And so, when will be the end?

A bit of selfishness, perhaps...

"Medo, angústia, mais medo, depressão, sofrimento e coração partido por ter perdido você..." O que há na cabeças das garotas que usa subjetivamente essas palavras ao se sentir magoada com alguém, aliás, com um certo ele? Falam como se não sentisse ódio, talvez vergonha. Falam como se não houvesse mais nada a se importar do que um simples "namorado", um simples "romance". Acreditam em amor, ou paixão? Prefiram acreditar na paixão, é menos burrice. Amor? Existe? Talvez, mas não sou digna de responder isso. Mas de que amor estou falando? Do que podemos sentir por uma pessoa do sexo oposto (ou até do mesmo sexo)? Será que só existe uma maneira de expressar o amor? Bobagem. Se o amor ainda existe, deveria estar unindo mais as pessoas, as famílias, os amigos. Quem ama compreende. Quem ama dá liberdade de escolha. Não pense que aquela pessoa que foi simpática com você hoje possa agir do mesmo jeito amanhã. Pelo menos uma vez na vida, seja egoísta, pense mais em você. Observe, olhe para os lados, veja quem realmente se importa. Não dê o braço a torcer por alguém que nem sequer existe. O que há de verdade é desafios, o pior de tudo é aprender a lidar com eles.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Such a lonely day...

And it's mine. The most loneliest day of my life. System of a Down

Sometimes the lonely days are the most comfortable. Maybe so we learn to deal with ourselves, with our own opinion, with our own self, the self that did not seem to exist.