segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Challenge


I do shit
I do
You look at me
I’m a bitch
I do
What you want
I do
What you need
I don’t
Know myself
I don't
Need your help
I stay away
I do shit
In your ways
Don’t say
Make up your mind
Don’t find
It’s lost…

Desire of Angels


I think I’m idiot
No way
I turn around, it’s a riot
He says

Hello, baby
As if he didn’t care
This makes me crazy
He never says what I want to listen
I just listen the silence of your seduction
That makes me sick
I feel the smell of pollution

We don’t believe in love
I don’t have a heart
We divided wings
But he takes my part

The sex pulls out our skin
Your eyes bewitch my hands
And so, when will be the end?

A bit of selfishness, perhaps...

"Medo, angústia, mais medo, depressão, sofrimento e coração partido por ter perdido você..." O que há na cabeças das garotas que usa subjetivamente essas palavras ao se sentir magoada com alguém, aliás, com um certo ele? Falam como se não sentisse ódio, talvez vergonha. Falam como se não houvesse mais nada a se importar do que um simples "namorado", um simples "romance". Acreditam em amor, ou paixão? Prefiram acreditar na paixão, é menos burrice. Amor? Existe? Talvez, mas não sou digna de responder isso. Mas de que amor estou falando? Do que podemos sentir por uma pessoa do sexo oposto (ou até do mesmo sexo)? Será que só existe uma maneira de expressar o amor? Bobagem. Se o amor ainda existe, deveria estar unindo mais as pessoas, as famílias, os amigos. Quem ama compreende. Quem ama dá liberdade de escolha. Não pense que aquela pessoa que foi simpática com você hoje possa agir do mesmo jeito amanhã. Pelo menos uma vez na vida, seja egoísta, pense mais em você. Observe, olhe para os lados, veja quem realmente se importa. Não dê o braço a torcer por alguém que nem sequer existe. O que há de verdade é desafios, o pior de tudo é aprender a lidar com eles.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Such a lonely day...

And it's mine. The most loneliest day of my life. System of a Down

Sometimes the lonely days are the most comfortable. Maybe so we learn to deal with ourselves, with our own opinion, with our own self, the self that did not seem to exist.

Angel

Não sei o que vou fazer com este sentimento aqui dentro. Sim, é verdade a solidão virou minha companhia. Sem seu amor, eu não sou nada, só um mendigo; sem seu amor, sou um cachorro sem um osso. O que posso fazer? Estou dormindo nesta cama sozinha.
Aerosmith

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Queria que você estivesse aqui...


Did they get you to trade
Your heroes for ghosts?
Hot ashes for trees?
Hot air for a cool breeze?
Cold comfort for change?
Did you exchange
A walk on part in the war
For a lead role in a cage?

We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl,
Year after year,
Running over the same old ground.
What have we found?
The same old fears.
Wish you were here.

Strip-Tease

Chegou no apartamento dele por volta das seis da tarde e sentia um nervosismo fora do comum. Antes de entrar, pensou mais uma vez no que estava por fazer. Seria sua primeira vez. Já havia roído as unhas de ambas as mãos. Não podia mais voltar atrás. Tocou a campainha e ele, ansioso do outro lado da porta, não levou mais do que dois segundos para atender.
Ele perguntou se ela queria beber alguma coisa, ela não quis. Ele perguntou se ela queria sentar, ela recusou. Ele perguntou o que poderia fazer por ela. A resposta: sem preliminares. Quero que você me escute, simplesmente.
Então ela começou a se despir como nunca havia feito antes.
Primeiro tirou a máscara: "Eu tenho feito de conta que você não me interessa muito, mas não é verdade. Você é a pessoa mais especial que já conheci. Não por ser bonito ou por pensar como eu sobre tantas coisas, mas por algo maior e mais profundo do que aparência e afinidade. Ser correspondida é o que menos me importa no momento: preciso dizer o que sinto".
Então ela desfez-se da arrogância: "Nem sei com que pernas cheguei até sua casa, achei que não teria coragem. Mas agora que estou aqui, preciso que você saiba que cada música que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto, cada deslumbramento que tenho é com você que sinto. Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história."
Era o pudor sendo desabotoado: "Eu beijo espelhos, abraço almofadas, faço carinho em mim mesma tendo você no pensamento, e mesmo quando as coisas que faço são menos importantes, como ler uma revista ou lavar uma meia, é em sua companhia que estou".
Retirava o medo: "Eu não sou melhor ou pior do que ninguém, sou apenas alguém que está aprendendo a lidar com o amor, sinto que ele existe, sinto que é forte e sinto que é aquilo que todos procuram. Encontrei".
Por fim, a última peça caía, deixando-a nua
"Eu gostaria de viver com você, mas não foi por isso que vim. A intenção é unicamente deixá-lo saber que é amado e deixá-lo pensar a respeito, que amor não é coisa que se retribua de imediato, apenas para ser gentil. Se um dia eu for amada do mesmo modo por você, me avise que eu volto, e a gente recomeça de onde parou, paramos aqui".
E saiu do apartamento sentindo-se mais mulher do que nunca.
Martha Medeiros

She

She just wants to be happy
She needs to show your other side
I know her
She will be fine
I am not like her
She is so sweetie
I don't have love
Only she can feel it
She searches and gets everything
He says to be disgusted
Cause she cannot love him
But nobody knows what she loves
Nobody accepts what she knows
She always try to find
A way to break this flow
And I'm by her side
Even if it lasts little time
Then she accepts my help
All I wanted
It went away through her laugh

O medo do Amor

Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê. 
O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade. 
E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro. 
Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos. 
Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.
Martha Medeiros